Polo de Moda de Maricá inicia série de sensibilizações pelo bairro de Itaipuaçu

Evento aconteceu na Feira da Colmeia com palestra sobre Pomar, que está sendo implantado no Flamengo

domingo, 15 janeiro 2023

O início das sensibilizações do Polo de Moda de Maricá (Pomar) aconteceu na Feira da Colmeia, no sábado (14/01), quando foi visitado pela primeira dama Rosana Horta. A feira segue até domingo (15/01) na Lona Cultural de Itaipuaçu, na Praça dos Gaviões. O Pomar é um projeto da Prefeitura, realizado por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Comércio, Indústria, Petróleo e Portos e da Codemar (Companhia de Desenvolvimento de Maricá), com o Senai Cetiqt (Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), e compreende uma série de ações para desenvolver toda a produção de moda no município.

“O Pomar é para desenvolver competências técnicas e conhecimento no setor e também para estruturar toda a cadeia de moda em Maricá, transformando a cidade em referência no estado. Vai ter toda a parte de capacitação, qualificação e atendimentos com consultoria tanto para quem já atua com moda e quer melhorar o trabalho como para aqueles que gostam da área, mas nem sabem por onde começar”, explicou Bernardo Barbosa, consultor de Moda e Design do Senai Cetiqt.

Segundo Bernardo, o projeto está sendo construído nos moldes das necessidades da economia criativa de Maricá, potencializando o projeto de moda das pessoas da cidade, e não trazendo algo que não tenha a cara do município.

“Não vamos trazer um modelo pronto, vamos criar com Maricá. A Prefeitura está investindo pesado neste setor de economia criativa. Vamos tratar de moda circular, de moda social e ambientalmente responsável. Atuar em todos os segmentos: costura, desenvolvimento de peças até estratégias de varejo. Conectar empreendedores locais”, disse Bernardo às dezenas de pessoas presentes.

No momento, além de uma ampla pesquisa e mapeamento do setor, está sendo feita a estruturação da parte física do Pomar, que vai ter um centro de treinamento com sala de costura e modelagem, espaço para eventos e área para empresas que receberão acompanhamento mais próximo. Elas terão à disposição sala de reunião, escritório de uso comum e um ateliê de costura. As empresas que não estiverem dentro desta incubadora receberão outros tipos de apoio e orientação. O polo ficará no bairro do Flamengo, uma região de fácil acesso para pessoas que moram em diferentes áreas da cidade. A meta é atingir 500 pessoas diretamente e 2.500 indiretamente.

“Eu vim em busca de informações sobre o Pomar porque quero fazer minha empresa crescer mais. Trabalho com moda circular há 10 anos, remodelando peças usadas, transformando roupas e dando nova vida a elas. Também faço reaproveitamento de jeans para criar acessórios e bijuterias”, contou a empreendedora Jane Ferreira, de 50 anos.

A aposentada Lucimar Vigand, de 65 anos, que já faz trabalhos de tricô sob encomenda, espera que a criação de roupas vire uma fonte de renda importante com ajuda do Pomar:

“Quero aprender a trabalhar com malharia, me aperfeiçoar na costura e aprender a fazer modelagem, a criar moldes. Isso vai me ajudar a produzir mais, com acabamento melhor. Produzindo mais, vou poder oferecer um preço mais competitivo e ganhar na produção”, ressaltou Lucimar.

Programação acompanhada de perto

A primeira dama de Maricá, Rosana Horta, visitou, na tarde de sábado, a Feira da Colmeia e a ação de sensibilização do Pomar.

“É muito difícil falar em um projeto que seja o meu xodó, afinal a prefeitura desenvolve muitos. Sou muito motivada por todos aqueles que modificam a vida das mulheres da cidade, que as ajudam, que apresentam novos horizontes, como são da Feira da Colmeia e também o Pomar. E não esqueço, ainda, da recente inauguração da ala pediátrica do Hospital Conde Modesto Leal, que é importantíssima para as nossas mães”, citou Rosana Horta.

Encontro de mulheres empreendedoras

Não por acaso a Feira da Colmeia foi o local escolhido para a ação, a feira é uma reunião de empreendedoras assistidas pelo Instituto Colmeia e realizada em parceria com a Codemar (Companhia de Desenvolvimento de Maricá) e o Banco Mumbuca. A primeira edição de 2023 celebrou também o aumento do número das expositoras.

“A feira está completando 5 anos e conseguimos aumentar o número de expositoras, por dia, de 35 para 40, uma vez que a Codemar nos cedeu mais barracas. Como resultado, além da lona, estamos ocupando também a rua. A gente não mede o sucesso da feira somente com o valor que cada uma vende aqui. É um grande encontro onde são feitos contatos, parcerias e elas ficam conhecidas e se ajudam. É uma rede”, explicou Thaisa Muniz, fundadora da Colmeia.

Para expor na feira é preciso entrar para a Rede Colmeia e participar dos grupos onde são disponibilizadas as vagas. A seleção conta com uma curadoria para que não haja muitas pessoas expondo os mesmos tipos de produtos e a preferência é sempre para quem produz as peças que vai vender, dando mais espaço para artesãs e outras mulheres que trabalham com a criatividade. E vale de tudo, de peças de roupas e acessórios até gastronomia. Normalmente, há fila de espera para mostrar o trabalho.

“Esta é a primeira vez que exponho. Participar da feira está abrindo um leque de oportunidades”, garantiu Rosemere Ferreira, de 50 anos, que levou com a sua marca, a Mere Biju, peças únicas feitas reutilizando embalagens de xampu, além de bolsas exclusivas.

Quem já está vendo o resultado da exposição na feira é Fernanda Gomes, de 39 anos, que lançou a sua empresa, a São Di Mel, há 3 anos. No sábado, participou da Feira da Colmeia pela quarta vez.

“Dá para comparar o antes e o depois da exposição. Posso dizer que o faturamento mais que dobrou do tempo em que eu vendia através do boca a boca e depois de aparecer na feira. Também me motivou a ir além das geleias, a produzir outros produtos. Os contatos que faço aqui são fundamentais” disse Fernanda.

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