A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Saúde, realizou entre a segunda e esta quarta-feira (27 a 29/01) uma série de ações para marcar o Janeiro Branco, mês de conscientização sobre a saúde mental, nas unidades da rede de Urgência e Emergência do município. As atividades tiveram o objetivo de promover o bem-estar psíquico dos profissionais que atuam no Hospital Conde Modesto Leal, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inoã, na UPA Municipal (UPAM) Santa Rita e no programa Melhor em Casa, através de rodas de conversa, reflexões e dinâmicas de grupo.
Além disso, os participantes da iniciativa receberam mudas de árvores nativas da Mata Atlântica, doadas em uma parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Com isso, foi ressaltado como o cuidado com a terra é fundamental e pode contribuir para melhorar a saúde mental de forma leve e aliada à preservação da biodiversidade.
O secretário de Saúde, Marcelo Velho, garantiu que o cuidado com a saúde mental é essencial e que são desenvolvidas ações frequentes nessa área. “Estamos empenhados na campanha do Janeiro Branco, lembrando que o bem-estar mental passa pelos usuários e também os nossos profissionais. Humanizar e trazer mais harmonia ao ambiente de trabalho ajuda a qualificar as atividades diárias e pretendemos ampliar encontros como esse, fortalecendo as equipes”, afirmou.
O subsecretário de Saúde, Juliano Oliveira, reforçou o papel da mobilização do Janeiro Branco e do cuidado oferecido na rede.
“O Janeiro Branco é uma mobilização fundamental para promover ainda mais a saúde mental dos usuários e profissionais da rede. No município, contamos com equipes multiprofissionais que acolhem os casos relacionados à atenção psicossocial, levando bem-estar e qualidade de vida”, destacou.
Acolhimento e conscientização para os profissionais
Samira Araújo, psicóloga do Programa Melhor em Casa, parte do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD), foi uma das responsáveis por promover a iniciativa e pontuou o seu impacto no cotidiano dos profissionais.
“Em campanhas como o Janeiro Branco e o Setembro Amarelo, abordamos temas relacionados à ansiedade e depressão. Dessa vez, trouxemos uma dinâmica sobre mitos e verdades na saúde mental, afastando estigmas e mostrando que a depressão é um transtorno mental que afeta o cérebro e o funcionamento da pessoa. Conscientizamos os profissionais para que entendam que o sofrimento humano não é frescura nem algo superficial”, acrescentou.
Liliam Máira, auxiliar de farmácia da UPAM Santa Rita, participou da primeira atividade, desenvolvida na segunda-feira (27). Ela ressaltou o diferencial da iniciativa para a sua trajetória profissional e na resolução dos problemas.
“Quando participo de ações como essa, me sinto mais capacitada, despertando questões na minha cabeça. Às vezes nos acostumamos com os problemas do dia a dia, e isso não é bom. Os treinamentos nos ajudam a ter mais empatia e a entender que esses problemas são sérios, mas mostrando que existe saída, não apenas com medicamentos, mas também através de conversa e terapia”, concluiu.
Suporte à saúde mental em toda a rede
Maricá possui uma Rede de Atenção Psicossocial (Raps) completa, que abrange diversos serviços, chamados de pontos de atenção, que formam uma rede de cuidados para as pessoas com transtornos mentais variados, incluindo também os familiares nos cuidados. A assistência em saúde mental começa na Atenção Primária, representada pelas 27 Unidades de Saúde da Família (USF), e vai até a Urgência e Emergência, com o Hospital Municipal Conde Modesto Leal, no Centro, sendo a retaguarda à crise dos usuários.
Nas USF, há equipes multiprofissionais, que atuam por distritos e acolhem casos moderados relacionados à saúde mental. Além disso, nos Centros de Atenção Psicossocial 3 (Caps 3), Infantojuvenil (Caps i) e Álcool e Outras Drogas (Caps AD), são atendidas pessoas com quadros graves e persistentes por demanda espontânea (livre procura) ou encaminhamento de outros serviços.