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O especialista em Segurança Pública Rodrigo Pimentel visitou Maricá nesta quarta-feira (05/02) para conhecer as políticas públicas do tema por ele estudado e que são adotadas no município. Dados do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP-RJ) apontam que, em 2024, indicadores estratégicos tiveram os menores índices da série histórica. O ex-policial do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) conversou com agentes nas ruas e constatou que o município não sofre com problemas de cidades da região.
Pimentel estava acompanhado do fundador do AfroReggae, José Junior, também reconhecido como um ativista da segurança, sobretudo nas comunidades periféricas. Ambos foram recebidos no gabinete pelo prefeito Washington Quaquá, que expôs alguns dos planos para o município – inclusive de transformar Maricá na cidade mais segura do país – e debateu novas propostas para o tema.
“Aqui em Maricá não tem mole para a bandidagem e temos política social. No Brasil também tem que ser assim. Vamos combater a criminalidade e, ao mesmo tempo, dar oportunidades para os mais pobres, para que possam ser aquilo que quiserem da vida”, ressaltou o chefe do Executivo maricaense.
Após andar pela cidade e conhecer algumas das políticas públicas sociais e na área de segurança pública – como o Ônibus Tarifa Zero (Vermelhinhos) e os agentes à serviço da Secretaria de Segurança Pública via Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis Maricá) – o ex-policial militar constatou que Maricá não sofre com problemas intrínsecos à perda do domínio na segurança: a instalação de barricadas e o domínio na venda de produtos como o botijão de gás.
“Conversei com guardas municipais e policiais militares e perguntei sobre a segurança na cidade. A barricada é o sinal da falência da segurança pública. Se o tráfico consegue colocar barricada, é sinal de que o prefeito perdeu a cidade. Já a venda de bujões de gás é uma fonte de renda para as facções, que cobram um ágio no preço e dominam o controle da venda. No Rio, algumas pessoas chegam a pagar R$ 150! O morador de Maricá paga entre R$ 80 e R$ 90. Sinal de que o tráfico, aqui, não é empoderado e que a milícia não existe”, elogiou Rodrigo Pimentel.
Vale lembrar que, em 18 de janeiro, o especialista publicou um vídeo, em suas redes sociais, elogiando o exemplo de Maricá, colocando a cidade como “um exemplo claro de como ação estratégica e comprometimento podem transformar indicadores sociais e garantir mais tranquilidade à população”.
Queda nos indicadores criminais
Dados do ISP-RJ compilados pela Secretaria de Segurança Cidadã mostram bons resultados com a queda nos números da criminalidade. Um dos indicadores considerados estratégicos, o Roubo de Veículos teve, em 2024, o menor número de casos em duas décadas. Foram apenas 43 casos durante todo o ano, mesma quantidade de 2023 – que, por sua vez, já era quase 49% menor que no ano anterior.
Quando o assunto é Roubo de Rua, também houve queda nos números e recorde: o número de registros (247) é o menor dos últimos 12 anos. Desde 2017, quando o convênio com o Proeis foi firmado, o número de casos caiu quase 66%. Outro indicador que apresentou forte queda foi o de Roubo de Carga. Sem registrar nenhum caso em oito dos 12 meses de 2024, o número de registros do crime caiu 50% em comparação com 2023, com apenas oito registros em todo o ano.
2024 também apresentou o menor número de casos de Letalidade Violenta em 12 anos. O indicador contabiliza o número de mortes por homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e morte por intervenção policial. Em 2024, foram 38 registros dos crimes listados na cidade.
O secretário de Segurança Cidadã, Coronel Julio Veras, agradeceu os elogios proferidos por Rodrigo Pimentel e ressaltou que Maricá, atualmente, é referência em políticas públicas relacionadas à Segurança Pública. “Sentimento de dever cumprido. Valeu a pena ter esse reconhecimento do capitão Pimentel, que enxergou que Maricá é um case de sucesso. Nossas políticas públicas podem ser copiadas, exportadas e implementadas em outros municípios do Brasil”, acredita.
Parceria com AfroReggae
Durante a reunião no Gabinete do Prefeito, foi debatida uma parceria entre o AfroReggae, que possui larga experiência nas comunidades mais carentes, e a Secretaria Especial de Promoção das Comunidades e do Minha Casa, Minha Vida. Um modelo de está sendo desenhado para trazer para Maricá as atividades da organização não-governamental.
A ideia é impedir que o crime organizado possa cooptar jovens nas periferias, além de ressocializar egressos do sistema penitenciário e que, em muitos casos, não conseguem novas oportunidades para reestruturar suas vidas. “Estamos planejando muita coisa boa nessa parceria com o AfroReggae. A gente vai poder levar, para essa galera da comunidade, cultura, educação, acessibilidade e igualdade, e em pouco tempo”, revelou a secretária Brunna Tavares.
José Junior elogiou o interesse do governo em fomentar o empreendedorismo local. “É muito interessante ver um prefeito com um olhar empreendedor como o Quaquá, que está fomentando negócios, cultura, turismo… Coisas incríveis”, disse o produtor de TV.
Além de representantes da ONG, também participaram da reunião a secretária de Comunicação Social, Danielle Oliveira, o secretário Executivo de Gestão de Governo, Arlen Pereira, a chefe de Gabinete Dayrlene Costa e o diretor de Inovação Científica do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), Ciro Torres.