A Coordenadoria LGBTQIA+ da Secretaria de Participação Popular e Direitos Humanos de Maricá encerrou as atividades de 2023 com um evento cujo tema foi empregabilidade, empreendedorismo e geração de renda para esta população. O encontro foi realizado em parceria com o Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), no último dia 20, e houve debate de propostas para aumentar a oferta de trabalho e renda. Uma das propostas foi a criação de cotas de emprego para o público LGBTQIA+.
Foram realizadas rodas de conversa que contou com convidados como Almir França (professor, estilista, cenógrafo, ativista pelos direitos LGBTQIA+ e organizador Escola Divines para Trans), Rafael Billé (artista plástico, coordenador da pasta de Artesanato da Secretaria de Cultura e organizador das feiras) e Lohana Carla (mulher travesti Idealizadora do Instituto Trans da Favela e Coordenadora Casa Nem). Todos destacaram os avanços sociais de Maricá como a moeda social, o passaporte universitário e técnico, cursos como importantes para o acesso à educação, formação técnica e profissional e acadêmica. Foi defendida a educação continuada em projetos para as pessoas LGBTQIA+, para ampliar as possibilidades de trabalho. Também foram abordados os desafios no acesso ao mercado trabalho, e de recursos para promover projetos que gerem emprego renda em diversas áreas como cultura lazer e entretenimento.
O coordenador LGBTQIA+, Carlos Alves, agradeceu ao ICTIM por ter aceito a proposta do evento, o segundo deste ano de 2023 com tema trabalho e geração de renda, e disse acreditar que a união de esforços da sociedade civil e dos governos podem ampliar políticas de emprego e renda para LGBTQIA+ na cidade, que está com um grande desenvolvimento econômico e precisa garantir empregabilidade para essa comunidade vulnerável.
Ele destacou ainda que a Secretaria de Participação Popular e Direitos Humanos, por meio da Coordenadoria Geral LGBTQIA+, tem realizado ações com secretarias municipais em programas como ‘Maricá Sem LGBTfobia’, para o enfrentamento do desemprego das pessoas LGBTQIA+, buscando colocações, debatendo com setores empresariais.
“Esse evento e outros procuram contribuir para ações e projetos, e para isso é fundamental estabelecer parcerias com ICTIM, Sebrae e Prefeitura de Maricá e outros órgãos, para elaborar políticas públicas nos temas do trabalho, e capacitação profissional e empreendedorismo, cooperativismo para a comunidade. Esses também serão pontos para a promoção da cidadania e direitos humanos da população, que estarão no Plano Municipal LGBTQIA+ em elaboração no Conselho Municipal, que será coletivamente debatido em 2024”, explicou Carlos Alves.
