A partir desta sexta-feira (26/07), os ônibus do programa Tarifa Zero de Maricá passarão a operar sem catraca. A medida foi tomada pela Prefeitura de Maricá, por meio da Empresa Pública de Transportes (EPT), para agilizar o embarque e desembarque dos passageiros, além de contribuir para a segurança e o conforto nos ônibus, que são conhecidos como “Vermelhinhos” e circulam gratuitamente em toda a cidade há quase dez anos.
A princípio, a alteração vai ser realizada nos 20 coletivos das linhas E20, E21, E22, E23, E24 e E24A. Um sistema de câmeras com tecnologia de ponta vai possibilitar a contabilização dos passageiros transportados.
De acordo com Celso Haddad, presidente da Empresa Pública de Transportes (EPT), a catraca representava um obstáculo aos passageiros:
“Maricá sempre entendeu que o transporte é um direito de todos. Com essa diretriz, fizemos um estudo em 2021 e 2022 que possibilitou essa medida. Ou seja, a partir de amanhã, alguns ônibus vão operar sem catraca, com um sistema instalado nas portas para fazer a quantificação de todos os passageiros, tendo até mais tecnologia e mais segurança nos dados. O plano é tirar a catraca de todos os 135 ônibus da frota da EPT até o fim do primeiro semestre de 2025”, explicou o gestor.
Referência em mobilidade urbana
Haddad afirma ainda que Maricá é a primeira cidade do país, com mais de 100 mil habitantes, a oferecer transporte público Tarifa Zero com ônibus sem catracas.
O Tarifa Zero de Maricá é referência em mobilidade urbana e foi implantado pela prefeitura da cidade em 2014, mas chegou para todos os bairros no ano de 2021, com a ampliação da frota que hoje conta com 135 ônibus e 42 linhas.
Os “vermelhinhos” impactam diretamente na economia da população maricaense. Uma família economiza cerca de 20% de sua renda mensal por causa da tarifa zero nos ônibus.
No último ano, a população de Maricá economizou mais de R$ 160 milhões, segundo estudo da EPT. A pesquisa usou como base a tarifa aplicada em cidades vizinhas a Maricá em que o custo médio do preço da passagem é de R$ 4,05. Este valor foi multiplicado pela quantidade média de deslocamentos dos usuários na cidade, cerca de 100 mil por dia ou aproximadamente três milhões por mês.