Semana dos Direitos Humanos é encerrada com atividades em Itaipuaçu

Dia repleto de atividades, como apresentações de capoeira e roda de conversa, terminou com axé e samba

quarta-feira, 11 dezembro 2024

Foto: Gabriel Ferreira

A Lona Cultural de Itaipuaçu recebeu, durante esta terça-feira (10/12), o último dia da Semana dos Direitos Humanos, promovida pela Prefeitura de Maricá por meio da Secretaria de Participação Popular (SPPDH). O dia começou com uma edição da Feira Artemar e contou com várias atividades culturais.

Alunos do programa Cultura de Direitos fizeram uma roda de capoeira (que contou, também, com a participação do Movimento Popular da Juventude (MPJ) e duas exposições de fotografias, uma delas em tecido. Houve, ainda, apresentação do Percanto.

Abrindo a roda de conversa “Mulheres, Luta e Utopia”, foi exibido o vídeo-depoimento ‘Flores’, da cineasta Jéssica Voguel, e que conta histórias reais de mulheres vítimas de violência. A cineasta também participou do bate-papo com a subsecretária de Economia Popular Yeza Rosa de Aguiar, da coordenadora de Igualdade Racial Valesca Souza, da líder comunitária Thayná Vila Real e da advogada Patrícia Esteves.

“Tivemos, ao longo dessa semana, discussões importantes que visam fortalecer o diálogo, o pensamento crítico, sobretudo sobre a cidade que a gente quer. Maricá é uma cidade referência de políticas sociais, mas a gente ainda tem, por exemplo, índices altíssimos de violência contra mulheres. Essa semana visa contribuir para que isso seja debatido e repensado pela sociedade”, avaliou o coordenador da SPPDH, Thyago Hammes.

Durante a roda de conversa, a subsecretária de Economia Popular Yeza Rosa de Aguiar disse acreditar que uma das principais formas de combate à violência contra a mulher é através da conscientização. ”A violência de gênero é totalmente transversal e a gente precisa criar instrumentos e remédios para combater isso”, acredita.

“Tenho total convicção que a violência de gênero ela está ligada intrinsecamente à luta de classes – e aí vem a questão da violência patrimonial. A gente precisa levar essa pauta para dentro das escolas, das comunidades. Esse debate que a gente está fazendo aqui é fundamental para a tomada de consciência”, apontou Yeza.

A advogada Patrícia Esteves trouxe dados para ilustrar quão importante é o debate do tema. “A cada dois minutos uma mulher reporta violência doméstica. Isso porque apenas 11% das mulheres procuram a delegacia. Dentre essas vítimas, 80% possui algum vínculo de afeto com o agressor. Todos os dias, três mulheres morrem em decorrência da violência de gênero, um número muito alto”, afirmou.

A Semana dos Direitos Humanos terminou em festa: após a roda de conversa, o grupo de axé Identidade Preta, da União de Pretas e Pretos pela Igualdade (Unegro Maricá) e a bateria da escola de samba União de Maricá agitaram o público presente para encerrar as atividades.

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